Por Ramon Silveira – Engenheiro de Vendas
Você sabia que as OLTs Datacom DM4610 e DM4615 estão baseadas na plataforma DmOS?
O DmOS é a plataforma de firmware que o cliente Datacom encontrará nos switches de nova geração, bem como nas OLTs GPON do portfólio.
O DmOS é um Sistema Operacional de Redes desenvolvido pela Datacom para atender aplicações de alta disponibilidade, escalabilidade, suportabilidade e performance. Ele foi concebido dentro dos mais modernos conceitos, o que garante características de portabilidade para diferentes arquiteturas de hardware, e também a capacidade de absorver rapidamente evoluções tecnológicas e novas funcionalidades.
Para as OLTs, o DmOS implementa diversas funcionalidades de tecnologia GPON, tais como:
Switching L2
O que pouca gente sabe é que o DmOS unifica em sua plataforma funções avançadas de redes Ethernet/IP e redes GPON, transformando a OLT em um switch carrier class.
Em nível de camada 2 estão disponíveis diversos protocolos para otimizar, proteger e manipular frames Ethernet. Protocolos como EAPS, ERPS (para proteção em anel) e a família STP (Spanning Tree Protocol) podem ser configurados para manter a rede protegida de possíveis loops e quedas de links.
O protocolo L2CP (Layer 2 Control Protocol) faz o tunelamento de protocolos de controle de rede, permitindo o desenvolvimento de serviços LAN-to-LAN de forma transparente. Funcionalidades adicionais como QinQ e VLAN-Translate permitem manipular o tráfego L2.
É possível também agregar links através do Port-channel (IEEE 802.3AD) de forma estática ou dinâmica (LACP - Link Aggregation Control Protocol), possibilitando uma largura maior de banda através de links lógicos.
Diferencial IP/MPLS
Em termos de routing, além da possibilidade de fazer roteamento estático e dinâmico através do protocolo OSPF v2, desde a versão 4.8 do DmOS, está implementado MPLS nas OLTs Datacom.
Operadoras e provedores de internet, podem utilizar as OLTs DM461x como um switch de transporte com suporte à criação de VPNs L2 ponto-a-ponto e ponto-multiponto.
Existem duas tecnologias predominantes para constituição de L2VPNs, no modo ponto-a-ponto, utiliza-se o VPWS - Virtual Private Wire Service e para o modo multiponto-a-multiponto o VPLS - Virtual Private Lan Service, os quais são definidos pela RFC 4664.
O VPWS baseia-se na emulação ponto-a-ponto de serviço de camada 2 em arquitetura PWE3 - Pseudowire Emulation Edge-to-Edge, promovendo uma funcionalidade mínima correspondendo a um fio - wire que interliga dois pontos remotos. O tráfego do CE (Customer Edge) que ingressa no PE (Provider Edge) é encapsulado em uma PWE3 e transportado até o PE de destino, onde é desencapsulado e entregue ao CE remoto.
O VPWS pode operar de duas formas, a primeira é baseada nas informações contidas nas interfaces Ethernet ou service-port da OLT, independente do envio ou não de tags IEEE 802.1q, sendo os frames transmitidos de forma transparente. Nesta opção, cada porta Ethernet permite a identificação de apenas um cliente.
A segunda forma, é baseada no tag IEEE 802.1q, onde o critério de encaminhamento dos frames é baseado no ID de VLAN, o qual permite em uma mesma interface Ethernet a presença de mais de um cliente compartilhando a porta. Como comporta-se como uma conexão ponto-a-ponto, não é necessário o aprendizado de endereços MAC para o envio dos frames dentro do VPWS.
Já o VPLS possui o perfil para transporte de serviços de camada 2, pertinentes às aplicações de acesso baseadas em redes Metro/Carrier Ethernet no modo multiponto-a-multiponto. Comporta-se emulando as características de um switch LAN Ethernet. Atualmente o VPLS demanda a utilização de um loop entre duas ou mais portas ethernet da OLT, entretanto estão sendo desenvolvidas as funcionalidades que permitirão o uso de VPLS sem esse loop (demandará apenas atualização de firmware da OLT).
VPNs ponto-multiponto são bastante frequentes em topologias que visam atender clientes com um site central e várias filiais. Outra aplicação importante é transportar todo o tráfego dos usuários GPON até o BRAS (concentrador PPPoE), utilizando uma VPN, sem a necessidade de estender VLANs até o BRAS.
Nas topologias possíveis do VPLS, é necessário utilizar o endereço MAC para fins de roteamento, permitindo assim, identificar o destino correto para o envio dos frames.
O DmOS é uma plataforma de software em constante evolução, o que permite que os clientes que utilizam OLT Datacom se beneficiem dessa evolução até o limite da capacidade do hardware. As soluções de roteamento OSPF v2 e MPLS L2VPN são um exemplo disso.
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