Por Tatiane Figueiredo – Instrutora de Treinamentos
Cada vez mais os provedores de Internet precisam agregar e entregar, para os clientes finais, serviços que envolvam o acesso a vídeos sob demanda, aplicações em nuvem, conteúdos interativos em plataformas digitais, além do aumento de dispositivos móveis como smartphones, tablets e laptops acessando a Internet. Outro fator crescente é a Internet das Coisas – IoT, com o acesso externo a sensores, lâmpadas, cafeteiras, câmeras e outros.
Uma das tecnologias que tem impulsionado este crescimento é o GPON – Gigabit Passive Optical Network, que permite levar a fibra óptica até a última milha da rede.
Conforme já abordado em nosso blog (Vide artigo OLT de 16 portas, Orçamento de potência, entre outros), projetar uma rede óptica requer uma série de cuidados. Um dos pontos importantes que os provedores devem prever na otimização da cobertura de atendimento, é como será feita a distribuição geográfica das OLTs e das redes ópticas de acesso.
Em outro artigo no blog sobre a nossa OLT standalone de 16 Portas (DM4615), apresentamos uma análise sobre qual tipo de OLT escolher para montar uma rede GPON, ou seja, é mais vantajoso optar por uma OLT modular de grande porte e formar redes centralizadas, ou escolher OLTs de pequeno/médio porte e formar redes descentralizadas?
Muitos provedores priorizam a densidade de portas e, desta forma, optam por equipamentos modulares, que possuem alto custo inicial de investimento e, por vezes, acabam ficando subutilizados. A DATACOM acredita que a descentralização das redes GPON é uma opção de ótimo custo-benefício, pois além de permitir uma cobertura mais otimizada, traz também maior resiliência para o ISP.
Veja abaixo as vantagens de utilizar OLTs Standalone e foco em redes descentralizadas:
1. Redução do espaço físico
O provedor deve planejar onde será o ponto concentrador da sua rede GPON, ou seja, onde será instalada a OLT que conectará seus assinantes. Além de simplificação na instalação, dependendo da situação o espaço físico ocupado pela OLT no rack, pode ter um impacto significativo no custo do projeto, isto porque muitas vezes o ponto de presença (PoP) escolhido pelo ISP é de terceiros e se faz necessário contratar co-location para montar a estrutura GPON.
OLTs standalone reduzem a demanda por um espaço físico, pois ocupam apenas 1U de altura nas estruturas de racks dos POPs ou em shelters instalados externamente (rua, condomínio e postes de energia).
A figura a seguir, ilustra o espaço ocupado por uma OLT de 6Us, 11Us e 1Us, para ambientes internos (Rack 19’) e externo (Rack Telecom Outdoor).
2. Redução da indisponibilidade por atualização de firmware
Observamos no dia-a-dia, que o procedimento de atualização de firmware é algo que causa receio aos técnicos e administradores de rede.
Atualizar o firmware de uma OLT que opera de forma centralizada, com várias placas GPON demanda muita atenção para a realização do procedimento e também possui um alto tempo de indisponibilidade, devido a necessidade do reboot do equipamento. Esta ação pode deixar, 2.000, 4.000 ou mais clientes fora de operação por vários minutos, até que o equipamento reinicialize e todas as sessões PPPoE sejam autenticadas.
Com a operação de uma OLT standalone, a criticidade da atualização é reduzida, visto que a rede está segmentada e o tempo indisponibilidade por reboot é bem menor. O procedimento é mais fácil e rápido, pois entre outras coisas, o upgrade não envolve atualização individual de placas por exemplo. Até mesmo o tempo de janela de manutenção poderá ser reduzida pela escolha de trabalhar com arquitetura descentralizada.
3. Menos problemas com energia
Um ponto crítico comentado pelos provedores são os transtornos gerados por problemas com o fornecimento de energia elétrica, com o uso de equipamentos pizzabox a necessidade de nobreaks e baterias para manter a autonomia mínima é reduzida se comparada com a solução centralizada.
Com a descentralização dos equipamentos, o processo de refrigeração também é reduzido devido ao seu consumo energético ser menor, inclusive uma das características deste modelo é a sua instalação em locais com a temperatura operacional mais alta, como em armários/racks outdoor ou em um shelter. Além disso, há módulos GPON para temperaturas estendidas, facilitando e operacionalizando este tipo de topologia.
4. Segmentação da rede utilizando recursos Metro Ethernet
Construir e planejar uma topologia descentralizada, com OLTs pizzabox trazem para o provedor uma maior confiabilidade dos serviços e da sua própria rede, visto que existirão vários concentradores para autenticação dos clientes, sem contar com o uso dos protocolos de camada 2 como o Rapid Spanning-Tree e EAPS – Ethernet Automatic Protection Switching que garantem a redundância e a convergência rápida das aplicações disponibilizadas aos clientes. Outras funcionalidades também podem ser configuradas para proporcionar maior disponibilidade, como uso de LAG (link-aggregation), roteamento e até mesmo, transporte com o protocolo MPLS (vide artigo no blog “Explore os recursos de switching da sua OLT”).
5. Facilidade na análise de possíveis falhas
Claro, nenhuma solução é 100% a prova de falhas, nem centralizada e nem descentralizada, porém ao dividirmos a nossa rede, nossos problemas também são minimizados, sejam eles de configuração ou de hardware. Imagine o impacto negativo de quem centralizou toda a sua rede e está com problemas no core? Hoje em dia, o acesso à Internet é tão essencial quanto água e energia.
6. Flexibilidade no fornecimento de acesso aos clientes
Outro ponto que podemos destacar são as aplicações que o modelo standalone pode ser incorporado:
7. Redes passivas mais simplificadas
Planejar a chegada da fibra considerando um único ponto de distribuição, traz um desafio grande. Os equipamentos ativos mais próximos dos seus clientes permitem um planejamento mais otimizado da rede GPON, inclusive, melhorando o nível de potência (dBm) recebido na porta WAN da ONU – Optical Network Unit, o que irá refletir no orçamento de potência da sua rede.
Além disso, uma rede com distribuição descentralizada bem planejada, trará uma economia no que diz respeito ao lançamento de fibra óptica, que possui um custo de alto impacto no projeto.
Entre os modelos de OLTs pizzabox a Datacom oferece os equipamentos com 4, 8 e 16 portas GPON, todos com portas Ethernet de 1Gbps e 10Gbps, para interligação com a rede de transporte.
As OLTs DATACOM utilizam o sistema operacional DmOS, o que agrega além das funcionalidades GPON, um featureset metro ethernet completo, incluído funcionalidades L2, L3 e MPLS.
Além disso, o DmOS é uma plataforma de software escalável e em constante evolução, o que permite aos clientes que a utilizam, beneficiarem-se dessa evolução até o limite da capacidade do hardware.
Lembrando sempre que a Datacom conta com uma estrutura completa em sua matriz, onde são realizados treinamentos presenciais. No treinamento será possível manipular os equipamentos, realizar configurações de diversas topologias e cenários de aplicação em um ambiente de laboratório completo, além de poder contar com a ajuda dos nossos profissionais em uma série de boas práticas que ajudarão muito na operação de sua rede.
Para dúvidas e solicitação de proposta, contate a equipe comercial da Datacom: comercial@datacom.com.br ou (+55) 51 3933 3000.
Caso tenha dúvidas sobre estas aplicações, a Datacom disponibiliza sua equipe de suporte: suporte.prevendas@datacom.com.br. Estamos à disposição para lhe auxiliar na escolha do produto mais adequado à sua necessidade.
* Esta funcionalidade está disponível nas OLTs DATACOM e é definida pelo ITU-T G984.7 (Long Reach).